Com um milhão de matrículas em cursos superiores e técnicos e uma estrutura com 459 campi distribuídos pelo país, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica comemora nesta quarta-feira, 11, cinco anos de atividade. Criados em dezembro de 2008, os 38 institutos federais têm o desafio de formar profissionais capazes de combinar conhecimentos científicos e tecnológicos com o mundo do trabalho.
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os institutos são indispensáveis no aumento da produtividade e da competitividade do país. Além das engenharias e das áreas técnicas, que são as vocações da rede, licenciaturas em matemática, química e física são os cursos em que o governo federal espera um forte investimento dos institutos, disse Mercadante. A qualidade da formação dos professores é a principal recomendação do ministro.
No caso das licenciaturas, o desafio da rede, segundo o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Marco Antonio de Oliveira, é oferecer 20% das vagas em cursos de matemática, física, química, biologia e geografia, os mais procurados.
Durante evento que reuniu os reitores dos institutos e dirigentes do MEC para comemorar a data, o ministro da Educação anunciou que o Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec) vai abrir, em 2014, 800 mil vagas em cursos técnicos para estudantes que tenham concluído o ensino médio. Mercadante pediu que os institutos liderem o processo de abertura de cursos no Sisutec e avisou que o Sistema S (Senai, Senac, Sesi, Sesc) e instituições de ensino superior privadas também têm interesse na oferta.
EVOLUÇÃO
Em 2009, primeiro ano de atividade dos 38 institutos federais, a rede tinha 140 campi e 200 mil matrículas. Em 2013, são 459 campi, 1 milhão de matrículas, das quais, 54% em cursos técnicos. De acordo com o presidente do Conselho dos Institutos da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Caio Bueno da Silva, a rede tem duas metas: a primeira, fechar 2014 com 562 campi concluídos e em plena atividade e, em 2022, chegar a mil campi. O orçamento da rede federal em 2013 é de R$ 8 bilhões, segundo Marco Antonio Oliveira.
No conjunto das suas atividades, a rede de educação profissional e tecnológica oferece cursos superiores e de pós-graduação, técnicos (de 800 a 1.200 horas) e de educação inicial e continuada, com carga horária mínima de 160 horas.
Colaborou: Ionice Lorenzoni/Comunicação MEC